sábado, 6 de julho de 2013

FONTE: BLOG REPÓRTER RENATA CRISTIANE

Pacientes de Cabo Frio aprovam transporte do programa de Tratamento Fora de Domicílio



Desde janeiro, a Secretaria Municipal de Saúde, através do programa Tratamento Fora de Domicílio (TFD) vem tentando não apenas cumprir a Lei, mas também dar dignidade aos pacientes que precisam de atendimento médico em outro município. Os pacientes são transportados em veículos novos, com ar condicionado, poltronas reclináveis e mais confortáveis, até seus locais de destino, como o INTO (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia), INCA (Instituto Nacional de Câncer), Hospital da Cruz Vermelha, Hemorio, IEDE (Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia), Hospital de Olhos Santa Beatriz, entre outros. Até o final do ano passado, esses pacientes com tratamento em unidades de saúde localizadas no município do Rio de Janeiro, faziam o desembarque na Rodoviária Novo Rio, e de lá, seguiam por conta própria até os seus locais de destino.

No início de julho os pacientes passaram a contar com outro benefício. O TFD abriu um novo horário de saída de Cabo Frio para que as pessoas com exames agendados para o horário da tarde, não tenham que viajar no mesmo ônibus dos pacientes com procedimentos marcados para o horário da manhã, diminuindo assim o tempo de viagem para ambos, já que o retorno também começou a ser feito em horário diferenciado. Além disso, os grupos passaram a ter o acompanhamento de um agente de saúde, que agora fica responsável pela conferência da lista de chamada tanto na ida para o Rio de Janeiro, quanto no retorno para Cabo Frio.

Simone da Silva Carvalho está indo ao Rio de Janeiro pela segunda vez levar Matheus, de 4 anos, para realizar um exame de última geração utilizado para avaliar a audição quando testes rotineiros não fornecem as informações necessárias. O BERA foi solicitado pela pediatra que acompanha o crescimento de Matheus.

- Foi a pediatra dele, do Hospital da Criança, que solicitou o exame. Estou indo pela segunda vez, porque na primeira não foi possível realizar o exame, pois ele estava com cera no ouvido. O TFD remarcou o exame e me telefonou avisando a nova data. Estamos viajando numa van muito confortável. Os motoristas também são atenciosos e prestativos – explicou Simone.

Já Taiane Garcia dos Santos, mãe de Miguel, que tem autismo, aguarda desde 2010 para realizar o exame. No mês passado, durante uma consulta de rotina no PAM – Posto de Atendimento Médico – a médica fez um novo pedido.

- Nós descobrimos em 2009 que Matheus tinha autismo e desde 2010 vinha tentando autorizar a realização do BERA no TFD. No mês passado, Dra. Ludmila, fez uma nova solicitação. Encaminhei o pedido ao TFD e o exame foi agendado rapidamente. Nós já sabemos qual é o problema do Matheus, mas a médica sentiu a necessidade de realizar este exame, e o que for possível fazer para ajudar no desenvolvimento do Matheus, nós vamos providenciar – desabafou a mãe.

O Tratamento fora de Domicílio – TFD - foi instituído pela portaria SAS n° 55/1999, e é responsável pelo encaminhamento de pacientes portadores de doenças não tratáveis em seu município de origem a outras cidades que realizem o tratamento necessário. O setor faz o agendamento de consultas, exames e cirurgias em unidades de saúde conveniadas ao Governo do Estado, além de disponibilizar o transporte e, quando necessário, a hospedagem para o paciente e acompanhante. Os pacientes chegam ao TFD encaminhados pelo médico que fez o diagnóstico inicial.

O pintor Lenilson da Conceição Filho também estava no grupo, que essa semana, foi a Fundação Agripino Lima, em Duque de Caxias, para realizar o BERA no filho de 2 anos, que nasceu com líquido no cérebro. O BERA, também conhecido como “Audiometria de Tronco Cerebral”, analisa a integridade da via que o estímulo auditivo percorre desde o labirinto e nervo auditivo até o tronco encefálico, região esta, responsável pela integração das informações para o cérebro.

- Nós queremos sempre o melhor para os nossos filhos. O Dimi nasceu com um rim e com esse problema no cérebro, mas é uma criança muito ativa e fico feliz em poder estar levando meu filho para realizar esses exames e buscar o melhor para ele – disse Lenilson