Cabo Frio por muito pouco não virou manchete de todos as grandes TVs , Jornais, Revistas e Blogs do nosso país, e o que nos levaria a essa grande mídia não seriam nossas belezas naturais e nem o surgimento de mais uma camada de petróleo em águas profundas.
O que nos levaria a fama nacional instantânea seria o churrasco de autoridades que quase se concretizou no bairro do Jacaré na semana passada.
Após a carta de um leitor fui investigar a veracidade da ameaça que teria recebido o chefe do gabinete Alfredo Gonçalves (PMDB), Vereadores e demais membros da Secretaria de Saúde e Educação, na visita a comunidade do Jacaré após a morte de um menor de 5 anos causada por “meningite”.
E pegando nossos caçadores de informações (para não chamar de fofoqueiros) descobrimos que a realidade foi ainda pior que imaginávamos, como a reunião foi realizada na Escola Municipal da Rua do Pomar já no final do bairro Jacaré que é uma área 100% dominada por uma facção criminosa, o tráfico local foi o encarregado de “negociar” a vacinação contra meningite para as crianças da comunidade.
E ao melhor estilo do tráfico organizado a escola foi invadida por alguns meninos do tráfico armados de fuzil, submetralhadoras e pistolas que devidamente ficaram apontados para o rosto de Alfredo Gonçalves, Rui Machado e demais funcionários da Secretaria de Saúde e Educação, caso os traficantes não fossem atendidos em suas reivindicações, nossas autoridades teriam sido mortas e seus corpos queimados por 100 litros de gasolina que já estavam armazenados em duas vasilhas para esquentar o microondas de autoridades.
Nesse clima de pânico, com várias pessoas se arrastando de quatro pelo chão, outros se escondendo em armários, cantina, atrás de muretas, ficou em pé Alfredo Gonçalves com as mãos a cabeça gritando “dêem logo essas vacinas”, a verdade é que as vacinas não serviram apenas para evitar que pudesse em um futuro próximo uma epidemia de meningite se instalasse no bairro, a vacinação serviu para manter Alfredo Gonçalves e demais autoridades vivas e terminar com a quizila coletiva que se armava no Jacaré.
Só por curiosidade vale narrar que o irresponsável (que é também um Vereador) que marcou essa reunião no meio de uma região dominada por uma facção criminosa, e levou as autoridades até aquele local, por pura coincidência, saiu do local poucos minutos antes da entrada dos traficantes.
Fica a pergunta, como ele sabia que o tráfico estava chegando?
Esta confusão toda foi acompanhada por uma jornalista da Folha dos Lagos, mas como os traficantes deram ordem para que nada dali fosse falado... Bem! Manda quem pode e obedece quem tem juízo, como nós não temos, fica aí a história completa.